O homem e o seu meio são inalienáveis.
Cada baldio tem centenas de anos de vida própria, de trabalho de pessoas que nunca saberemos quem foram e das que ainda hoje nos lembrámos. Terra que já foi pasto, floresta, pisada e remexida, e floresta de novo sem ninguém notar.
A natureza é espaço de constante transformação, acumulação de saberes e usos. Foi por isto que criámos a AGROSFERA em 2015. Preservar a memória local nas novas tecnologias de produção é prioritário.
O que é esta memória local? É o uso do Loureiro, o trabalho pelas mãos de quem desde miúdo vindima, é a inevitabilidade do solo, memória de granito, das árvores que lá tombaram, de tudo. É o primeiro trago dado no Muros de Grade em 2018 e o conhecimento que dele levámos para a produção melhorada do ano seguinte. Este ano o solo tem as folhas do ano passado. E assim vai ser sucessivamente.
É com toda a sensibilidade que produzimos este vinho e com toda
a felicidade que o bebemos.